Antigamente a mulher não tinha nem direito ao voto no Brasil. Hoje, além de administrar a casa, cuidar dos filhos, encontrar tempo para atividades de esporte e lazer, o chamado "sexo frágil" vem conquistando seu espaço no mercado de trabalho e mostrando que de frágil não tem nada. Cada vez mais as mulheres se destacam em cargos ditos como masculino. Engenharia, arquitetura e direito, por exemplo. Inclusive, o posto mais importante do país, agora é comandado por uma mulher: A presidente da República, Dilma Rousseff.
Mas, infelizmente, a mulher ainda se depara com o preconceito. Como se não bastasse enfrentar a dupla, ou até mesmo tripla jornada de trabalho, elas ainda encontram dificuldade para subir de cargo e até mesmo quando o assunto é salário. Segundo dados divulgados pelo Ministério do Trabalho (MTE), os salários médios de admissão das mulheres cresceram mais que os dos homens no primeiro semestre. Enquanto que para elas, a alta foi de 6,15%, para eles ficou em 5,9%. Apesar deste resultado, os salários médios de admissão das mulheres ainda representam 86,42% dos salários dos homens. No ano passado, essa proporção era de 86,25%.
Para acabar com a diferença salarial, foi criado o projeto de Lei (PLC 130/2011) que prevê multa à empresa que pagar salário inferior para a mulher quando ela realiza a mesma função que a do homem. Se aprovado, as mulheres vão poder comemorar mais uma vez. Com relação a taxa de desemprego, a situação tem sido revertida. De acordo com uma pesquisa feira pelo Dieese e pela Fundação Seade, pelo oitavo ano, a taxa de desemprego feminino recuou, passando de 14,7% em 2010 para 12,5% em 2011.
Se homens e mulheres tivessem oportunidades iguais no mercado de trabalho, a economia mundial poderia crescer entre 3% e 26%. Esse foi o resultado do Relatório do Banco Mundial (Bird). No Brasil, se tivessem mais mulheres no mercado de trabalho e fossem mais valorizadas, a economia no país cresceria muito mais. Enfim, mesmo com todos os problemas enfrentados, as mulheres ainda têm muito do que se orgulhar. E consequentemente, o Brasil.
Luciana Silva
Jornalista SRTE-3299
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