Desde que a profissão de jornalista foi regulamentada, na época do regime militar, o diploma universitário passou a ser exigido. Hoje, passados 40 anos o Supremo Tribunal Federal (STF) decide que é inconstitucional a obrigatoriedade do diploma para exercer o jornalismo.
Essa decisão trouxe muitas discussões na sociedade, já que 8 dos 9 ministros foram contra o diploma de jornalista para o exercício da profissão. Além de prejudicar os jornalistas profissionais e decepcionarem estudantes de jornalismo, a decisão que beneficia empresas de comunicação acaba atrasando a própria sociedade. O STF está ocultando à sociedade, um jornalismo sério, feito com competência técnica, ética, e valor cultural.
Todo mundo tem uma opinião, mas é fundamental saber como propagá-la. E nada melhor do que uma formação acadêmica para unir a teoria e a prática. Fazer uma faculdade só irá angariar mais conhecimento. Obrigar um profissional a ter um diploma é apenas exigir capacitação.
O fato de se exigir um diploma para exercer a profissão de jornalista não impede ninguém de se expressar, isso não tem nada a ver com liberdade de expressão, tem a ver com os interesses dos mais influentes.
Acompanhando o site do UOL me chamou a atenção uma matéria com a opinião do presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murilo. Ele defende a obrigatoriedade do diploma e afirma que a decisão do STF prejudica o exercício do jornalismo no Brasil. Segundo ele, a deliberação foi tomada para atender as necessidades das empresas e enfraquecer a classe dos jornalistas. Em suas palavras: "É entregar o galinheiro para os lobos tomarem conta. Acaba a valorização do mérito pessoal de se procurar por um escola de jornalismo e substitui-se pela vontade do patrão, que vai decidir com base num 'talentômetro' quem pode, ou não, ser jornalista".
Enquanto jornalista, a atitude do STF me preocupa não só por me atingir como profissional da classe, mas principalmente por prejudicar a cultura do nosso país e causar danos a sociedade. Como se não bastasse prejudicar um país inteiro, o fim da obrigatoriedade do diploma acaba expondo os jornalistas a ímpetos e a falta de respeito exacerbada.
Um exemplo claro que comprova a afirmação acima vem da própria argumentação usada pelo presidente do STF, Gilmar Mendes, ao votar contra a obrigatoriedade do diploma. O ministro desrespeitou a classe de jornalistas ao justificar sua decisão, comparando o jornalista ao cozinheiro e ainda afirmou que não é preciso ser jornalista para ter opinião.
O presidente do STF que me desculpe, mas mais do que cozinheiros somos formadores de opinião e para ser jornalista é preciso muito mais do que ter apenas opinião. Mais do que informação é preciso FORMAÇÃO. Jornalista sem diploma é um profissional sem futuro.
Diante da deliberação do Supremo, nos resta acreditar no bom senso das empresas de comunicação jornalística para continuar contratando profissionais qualificados.
Essa decisão trouxe muitas discussões na sociedade, já que 8 dos 9 ministros foram contra o diploma de jornalista para o exercício da profissão. Além de prejudicar os jornalistas profissionais e decepcionarem estudantes de jornalismo, a decisão que beneficia empresas de comunicação acaba atrasando a própria sociedade. O STF está ocultando à sociedade, um jornalismo sério, feito com competência técnica, ética, e valor cultural.
Todo mundo tem uma opinião, mas é fundamental saber como propagá-la. E nada melhor do que uma formação acadêmica para unir a teoria e a prática. Fazer uma faculdade só irá angariar mais conhecimento. Obrigar um profissional a ter um diploma é apenas exigir capacitação.
O fato de se exigir um diploma para exercer a profissão de jornalista não impede ninguém de se expressar, isso não tem nada a ver com liberdade de expressão, tem a ver com os interesses dos mais influentes.
Acompanhando o site do UOL me chamou a atenção uma matéria com a opinião do presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murilo. Ele defende a obrigatoriedade do diploma e afirma que a decisão do STF prejudica o exercício do jornalismo no Brasil. Segundo ele, a deliberação foi tomada para atender as necessidades das empresas e enfraquecer a classe dos jornalistas. Em suas palavras: "É entregar o galinheiro para os lobos tomarem conta. Acaba a valorização do mérito pessoal de se procurar por um escola de jornalismo e substitui-se pela vontade do patrão, que vai decidir com base num 'talentômetro' quem pode, ou não, ser jornalista".
Enquanto jornalista, a atitude do STF me preocupa não só por me atingir como profissional da classe, mas principalmente por prejudicar a cultura do nosso país e causar danos a sociedade. Como se não bastasse prejudicar um país inteiro, o fim da obrigatoriedade do diploma acaba expondo os jornalistas a ímpetos e a falta de respeito exacerbada.
Um exemplo claro que comprova a afirmação acima vem da própria argumentação usada pelo presidente do STF, Gilmar Mendes, ao votar contra a obrigatoriedade do diploma. O ministro desrespeitou a classe de jornalistas ao justificar sua decisão, comparando o jornalista ao cozinheiro e ainda afirmou que não é preciso ser jornalista para ter opinião.
O presidente do STF que me desculpe, mas mais do que cozinheiros somos formadores de opinião e para ser jornalista é preciso muito mais do que ter apenas opinião. Mais do que informação é preciso FORMAÇÃO. Jornalista sem diploma é um profissional sem futuro.
Diante da deliberação do Supremo, nos resta acreditar no bom senso das empresas de comunicação jornalística para continuar contratando profissionais qualificados.